segunda-feira, 29 de junho de 2009

Pourquoi Pas?

Confesso que nunca fui muito fã da língua francesa, achava um pouco arrogante e muito cheia de biquinhos. Preferia uma língua mais "forte", como o alemão que me dediquei por alguns anos... Mas nada que 2 visitinhas à França não tenham curado!

O Flavio sempre teve uma queda por cantoras francesas, mas eu nunca me interessei muito por elas. Fiquei empolgada quando ele disse que tinha comprado ingressos para o show da Coralie Clément. Baixei os 3 CDs e já fui me preparando...

As músicas dela são uma mistura de um "pop sofisticado" (segundo a crítica que li) com bossa nova, o que combina extremamente bem com a voz suave de Coralie.

O show foi demais! Coralie é linda e tem a voz ainda mais bonita ao vivo. Muito simpática, conversou com o público o tempo inteiro em um francês gostoso de se ouvir - mesmo sem a gente conseguir entender tudo.

Foto tirada pelo Flavio na choperia do Sesc Pompéia

Na hora da música mais esperada, "Samba de mon Coeur qui bat", ela gostou de ver o público cantando e soltou um "J'adore Brésil!", que tenho certeza que todo mundo entendeu! No momento mais legal do show, ela desceu do palco e veio cantar no meio da gente - sem frescura e com muitos biquinhos. Ainda bem! :-)

Vale a pena conhecer:


"Samba de mon Coeur qui bat"


"Cést la Vie"

Coralie Clément - Toystore
Quando: 25/06 - Bourbon Street; 26 e 27/06 - Sesc Pompéia
Quanto: A partir de R$4
* Como em todos os shows do sesc, o custo-benefício é muito bom: R$4 para quem tem carteirinha do sesc, R$8 para estudantes ou R$16. O mesmo show custou R$65 no Bourbon Street na quinta feira!
Site: www.coralieclement.fr

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Circo Roda Brasil

Ficamos curiosos pra conhecer esse circo quando a Camila nos disse que era um mini Cirque du Soleil. Ela é uma das integrantes da trupe e namora com o Rodrigo, que trabalha com a Julia. É interessante conhecer uma pessoa que vive do circo aqui no Brasil. Digamos que ela está no banco de reservas do Cirque du Soleil e enquanto não é convocada, "bate uma bolinha" por aqui mesmo. Quem faz circo nesse país é guerreiro e como disse o palhaço apresentador do Roda Brasil, um ingresso deles, é o valor de uma fileira nossa. Mas vamos deixar as comparações de lado...

Fomos de bicicleta, numa sexta feira porque o ingresso era mais barato. O produtor do circo arrumou um lugar seguro pra amarrarmos as bikes. Ficamos uns 10 min na fila esperando abrirem as portas. Estava longe de encher toda a platéia, então conseguimos um bom lugar. Depois de um tempo sentados e vendo vendedores de pipoca e algodão doce, dois palhaços entraram fazendo uma bagunça e espirrando água em todo mundo. Não sou muito fã desses seres de nariz grande e vermelho e minha maior preocupação era com a água na câmera. Passado isso, o espetáculo começou. A história é de um menino que é sugado pelo ralo da banheira e vai parar no oceano, por isso o nome do espetáculo. Os acrobatas são realmente espetaculares e muitas vezes me peguei de queixo caido. Os palhaços não me incomodaram e eram divertidos. O cenário e os figurinos são bem criativos e o baterista bem esperto. Resumindo, é um espetáculo que vale a pena assistir. De quebra, você ainda dá uma força pro circo brasileiro.

Platéia esperando o início do espetáculo

Camila (à dir) na sua acrobacia


Força e equilíbrio


O pirata com a russa

Oceano
Onde: Memorial da América Latina
Quanto: Sexta R$ 10,00, Sábado e Domingo R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). Crianças até 1 ano não pagam. A bilheteria abre 2h antes de cada espetáculo
Quando: Sexta 21h, Sábado 16h e 20h, Domingo 16h e 19h
Duração: Dois atos de 50 min com 10 min de intervalo
Temporada: Até 26 de julho

terça-feira, 16 de junho de 2009

Ecorun SP

Domingo, 6h30 da manhã. Saímos de casa de moto e o vento estava gelado. O primeiro relógio de rua do caminho marcava 10ºC. O segundo marcava 9ºC e o vento ficava cada vez mais gelado.


Mas quem acordaria tão cedo num domingo tão frio?? Eu, o Flavio e mais de 5.000 corredores que participaram da Ecorun. A corrida, que teve circuito de 5 km e 10 km, aconteceu na USP no dia 07 de Maio. O evento tem como tema a ecologia – os impressos e estruturas do evento foram feitos com material reciclado e um painel dava lições de sustentabilidade.


Antes da corrida começar é hora da preparação: chega na a USP, pega o chip, troca de calça. Fiquei com fleece e corta-vento até o último minuto (e mesmo assim tremendo). Na hora de deixar as coisas no guarda-volumes, não tive coragem de deixar o fleece. Sabia que ia passar calor depois, mas não conseguia nem pensar em ficar só de camiseta com aquele vento gelado.


Por conta de um joelho machucado, corri só 5 km. Lá pelo km 2 ou 3 eu já estava com calor. Um pouco de coordenação motora me permitiu tirar o fleece sem parar de correr. Na hora do posto de hidratação, foi mais esperto quem escolheu as garrafinhas de água sem gelo, que já estavam geladas só pelo frio mesmo.


Um parêntese quanto às garrafinhas de água: a Schinchariol, que patrocinou o evento, não deve ter copinhos de água e por isso mandou garrafinhas. Não é uma boa idéia beber muita água e continuar correndo, o ideal são apenas uns goles mesmo. Isso foi totalmente contra o espírito ecológico da corrida, já que 90% dos corredores deram seus 2 goles na garrafinha e descartaram o restante. Não consigo nem calcular a quantidade de lixo desnecessário que isso gerou (mas só de pensar em 5.000 pessoas com no mínimo 2 pontos de água, já se pode ter uma idéia).


Garrafinhas e frio à parte, a prova foi gostosa e muito bem organizada, com frutas, Gatorade isotônico e massagem no final. Consegui baixar meu tempo nos 5 km, com a promessa de correr 10 km de novo da próxima vez. O Flavio, que correu 10 km, também baixou o tempo dele.


Nossa próxima “empreitada” esportiva será esse final de semana em Ilhabela: Xterra Night Trail Run, uma corrida noturna em trilhas, morros e praias. 5 km pra mim e 10 km pro Flavio. Já estamos aquecendo as pernas! :-)


quarta-feira, 10 de junho de 2009

Vik

Sabe aquelas obras de arte que fazem você se questionar o que é arte? Ou aqueles quadros que poderiam ter sido feitos por qualquer criança da pré-escola da esquina? Aquelas obras de arte que não dizem nada para você?

Pois você não verá isso na exposição "Vik", que está rolando no MASP.

Auto-retrato, feito com pedaços de revistas

Não sou entendida no assunto e confesso que tenho apenas vagas lembranças dos 2 semestres de "História da Arte" que tive há alguns anos, mas gosto muito de visitar museus e ver arte.

Mas dessa vez foi diferente. A arte de Vik faz sentido. Há uma história por trás de cada quadro.

É o caso das crianças que ele conheceu no Caribe - felizes mas com um triste futuro: trabalhar nas plantações de cana-de-açúcar e se tornar infelizes como seus pais. Vik conversou com elas, perguntou sobre suas vidas e depois as fotografou. De volta a seu estúdio, resolveu reproduzir as fotos usando açúcar. O mesmo açúcar que era o futuro das crianças. Um trabalho que impressiona pelos detalhes conseguidos usando somente açúcar comum sobre papel preto.


Fotografia reproduzida com açúcar

Outro exemplo são as imagens dos trabalhadores de um lixão que Vik visitou. Ele os fotografou e depois reproduziu suas fotos com material do próprio lixão. É legal ver o video com o making of dessas obras: um espaço do tamanho de uma quadra de tênis, sendo preenchido com lixo e sucata.

As imagens dos trabalhadores do lixão foram feitas com lixo e sucata

Outras obras trazem a monalisa feita de geleia e pasta de amendoim; a medusa feita em um prato de macarrão; celebridades retratadas com calda de chocolate, diamantes ou caviar; desenhos feitos com arame e linhas...

A lista é grande. Vale a pena ver ao vivo.


Monalisa de geleia e pasta de amendoim


O que:
Vik
Onde: MASP (Av. Paulista, 1578 - 11 3251 5644)
Quando: de Abril a Julho de 2009
Quanto: R$15 (inteira) / R$7 (meia) / Grátis às 3as feiras
Links:
http://www.vikmuniz.net/www/index.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vik_Muniz
http://masp.art.br/exposicoes/2009/vik/

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Blacklodge


No fim de semana passado, fizemos mais um time lapse. Desta vez fomos registrar a pintura de uma parede feita pela Regi e Fabrício do Blacklodge. Eles fazem tatuagens de parede personalizadas. Confiram o video!

Quem quiser mais informação, é só visitar o site do Blacklodge.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

El Arranque

Quando fomos ver o show dos Tchecos de Pijama, o locutor falou das saídas de emergência, da brigada de fogo e também dos próximos espetáculos. Ouvimos algo sobre tango e achei que poderia ser interessante. No dia seguinte, resolvi comprar os ingressos para a orquestra El Arranque. Fui na sorte e vi que as duas apresentações estavam praticamente lotadas. Consegui alguns lugares lá no fundo, mas que deu pra ver tudo.

Orquestra El Arranque

Chegando no Sesc Pinheiros, parecia um programa para a "melhor idade". Os velhinhos, todos chiques, como se estivessem em Buenos Aires. Encontramos com o Rui e a Marcela, conversamos um pouco e tomamos nossos lugares. Tocando com dois bandônions, dois violinos, um piano, uma guitarra e um contrabaixo, o tango do El Arrenque era impecável. Alguns dançarinos se apresentavam enquanto a orquestra tocava. O casal mais aplaudido era de "tiozinhos" que tinham o tango no sangue.


Anibal Arias e Osvaldo "Marinero" Montes

No meio do espetáculo, os músicos deixaram o palco para a entrada do convidado Anibal Arias que depois chamou Osvaldo Montes. Dois velhinhos muito simpáticos, que tinham dificuldade pra andar, mas que manejavam o violão e o bandônion como ninguém. Fiquei me imaginando ser neto de um deles e dizendo pros meus amigos "vem ver o que o meu avô faz!" Com certeza foi o ápice do espetáculo. Na volta para o palco o contrabaixista ainda disse "como a gente vai tocar depois de um show desses?" Pediu uma chance e continuaram tocando muito bem. Foram duas horas de tangos e milongas. Saímos de lá com vontade de dançar.

Os dançarinos mais aplaudidos

Quando foi: 30/Maio/2009
Onde foi: Teatro do SESC Pinheiros – São Paulo
Quanto foi: R$ 7,50 (comerciários)

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Acaju?

Achava que fosse "Aracaju". Assim foi a primeira vez que ouvi falar da banda. O João mandou um e-mail pra gente dizendo que esse era o melhor show da atualidade. Fiquei curioso e fui procurar algumas músicas do "Móveis Coloniais de Acaju". No Blip, gostei de algumas músicas, mas não achei "assim, uma Brastemp". Mais tarde uma amiga me passou o CD novo deles. Também achei legal, mas talvez um pouco morno. Sábado retrasado fomos assistir ao show deles com um pé atrás.

Vocalista figura que não parou um minuto

Entramos na chopperia do Sesc Pompéia depois de ter começado o show. A galera já estava animada. Encontramos mais dois amigos no meio da muvuca e ficamos por lá. Aos poucos o clima ia esquentando. Eram 9 músicos no palco. Os metais davam o ritmo pro vocalista pular (e como pulou). Dava pra perceber que todos estavam felizes por fazerem o que mais gostavam. A animação era contagiante, a presença de palco, impressionante. Comandavam o público como maestros. O ponto alto do show foi quando 7 deles desceram e começaram a tocar no meio da galera. Fizeram uma roda enorme e giravam pra lá e pra cá. Sorte nossa que nessa hora estávamos no fundão, porque foi uma bagunça (no bom sentido) geral. No final ainda tocara 3 músicas no bis.

Tocando no meio da galera

Saímos de lá com sorrisos estampados nos rostos. O CD pode ser morno, mas o show é, com certeza, um dos mais animados que já fui. Se tiver a chance, veja!

Quando foi: 23/Maio/2009 (única apresentação)
Onde foi: Chopperia do SESC Pompéia – São Paulo
Quanto foi: R$ 4,00 (comerciários)